Justiça arquiva investigação criminal contra ex-governadora Yeda Crusius

A Justiça Federal arquivou o inquérito policial que apurou possível responsabilidade criminal da ex-governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, na Operação Rodin. A decisão é do juiz Loraci Flores de Lima, da 3ª Vara Federal de Santa Maria, onde o processo tramita atualmente.  

De acordo com o magistrado, ele decidiu acolher o pedido de arquivamento feito pelo Ministério Público Federal (MPF) porque, no inquérito policial, não existem provas ou indícios suficientes para embasar uma acusação contra a ex-governadora na esfera criminal.

O expediente, que se iniciou em Brasília e que passou a tramitar no MPF de Santa Maria após o fim do mantado de Yeda Crusius, apurava o envolvimento da governadora nos crimes investigados na Operação Rodin. No total, 32 réus foram denunciados na esfera criminal.

“O arquivamento faz justiça à inocência da ex-governadora. Não há nenhum elemento de prova contra Yeda Crusius”, disse ao G1 o advogado da ex-governadora, Fábio Medina Osório.

Pelos mesmos fatos, Yeda Crusius também responde a uma ação por improbidade administrativa ajuizada em 2009, mas que foi suspensa em agosto de 2011 para aguardar uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a competência da Justiça Federal de 1º grau para processar governadores de todo o Brasil.

Em novembro do ano passado, o STJ acabou rejeitando, por unanimidade, o recurso movido pela ex-governadora e confirmou que ela poderia voltar a ser ré na ação por improbidade. A defesa de Yeda, no entanto, entrou com um recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com Fábio Medina Osório, o caso no STF está nas mãos do ministro Celso de Mello, mas não há previsão de data para ser apreciado. O advogado de Yeda acredita que o arquivamento criminal deve repercutir noutras esferas.

Deflagrada em 2007 pela Polícia Federal, a Operação Rodin desarticulou um esquema de corrupção nos serviços de exames teóricos e práticos para expedição da carteira de motorista no Rio Grande do Sul. Segundo as investigações, cerca de R$ 44 milhões foram desviados cerca de dos cofres públicos entre os anos de 2003 e 2007.

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