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Na hora de tomar decisões, o investidor avalia as informações disponíveis e age racionalmente, ou as emoções também influenciam?
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançou, nesta semana, o blog “Penso, Logo Invisto?” (http://pensologoinvisto.cvm.gov.br/), para reunir pesquisas e debates sobre como razão e emoção influenciam o investidor.
“O objetivo é verificar como o comportamento influencia as decisões financeiras”, diz José Alexandre Vasco, responsável pela Superintendência de proteção e orientação aos investidores da autarquia.
Segundo ele, a iniciativa acontece porque chegou-se à conclusão de que só educação financeira não basta para ajudar o investidor a tomar boas decisões.
“Há quase um consenso de que apenas prover a informação nem sempre é suficiente, porque outros fatores, além da racionalidade estrita, afetam as decisões.”
O blog é uma realização da Coordenação de Estudos Comportamentais e Pesquisa, criada em abril, e composta por quatro especialistas em neurociências e psicologia econômica. O blog também tem participação de outras áreas, como Núcleo de Estudos Comportamentais.
Num primeiro momento, serão estudadas iniciativas para crianças e jovens, terceira idade, adultos (em especial servidores públicos) e comunidades carentes.
Para Vasco, um dos erros sistemáticos que o investidor apresenta é o excesso de confiança.
“As pessoas normalmente imaginam que conhecem mais do que realmente sabem ou, ainda, superestimam a possibilidade de dar tudo certo. Mas esse otimismo pode levar a decisões desastrosas”, diz.
Outra questão emocional citada pelo executivo é a aversão a perdas, que nem sempre é acompanhada pela aversão ao risco.
“Ninguém gosta de perder, mas muitos não percebem o risco que determinada conduta acarreta e que irá levar a perdas.”
Segundo Vasco, a crise financeira mostrou que a racionalidade não é absoluta e estrita. “O modelo de homem econômico que tem capacidade ilimitada de guardar informações e o sangue frio de um Gandhi não é suficiente. É preciso investigar outro caminho para fazer com que o investidor poupe mais.”
Vasco afirma que, dos cerca de 200 milhões de habitantes do país, apenas cerca de 5 milhões de pessoas aplicam em fundos de investimentos e 600 mil, na Bolsa de Valores.
“Queremos estimular a classe C, que hoje representa cerca de 100 milhões de pessoas, a começar a investir.”
Por meio do Portal do Investidor, a CVM promove várias iniciativas de educação financeira, como e-learning. É possível fazer cursos gratuitos voltados à educação financeira para jovens e adultos ou matemática financeira básica.
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