Prefeito cassado de Cascavel (PR) recorre ao TSE para permanecer no cargo

O Tribunal Superior Eleitoral é quem vai ter que decidir o impasse jurídico em torno do cargo de prefeito de Cascavel, no oeste do estado. Isso porque o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná aceitou um recurso especial impetrado pelo prefeito cassado Edgar Bueno (PDT), e o vice, Maurício Theodoro (PSDB). Com a decisão, que foi publicada ontem (23), eles ganham o direito de ser julgados em Brasília, mas perdem a liminar que os mantinha nos cargos. Para tentar ficar à frente do executivo municipal, a saída agora é tentar outra cautelar junto ao TSE.

A ação vai chegar ao TSE em meio ao período de recesso. Com isso, o processo deve ser analisado pelo presidente da corte, o ministro Marco Aurélio, que não costuma conceder esse tipo de benefício durante as férias. Caso ele decida não avaliar imediatamente o pedido de liminar de Edgar Bueno, é provável que a decisão fique a cargo do relator, que vai ser sorteado em fevereiro. Bueno não descarta a possibilidade de ser afastado da prefeitura até lá, mas diz confiante com o novo julgamento

Bueno teve o mandato cassado em novembro do ano passado por causa de fraudes durante a campanha eleitoral. Em dezembro, a Justiça mandou dar posse ao deputado estadual Professor Lemos (PT), segundo colocado no pleito, e ao vice dele, Valter Parcianelo (PMDB). No entanto, por causa da liminar do TRE, eles ainda não conseguiram assumir os cargos no executivo. O deputado discorda do novo encaminhamento da ação e espera que o TSE devolva o processo ao Paraná.

De acordo com a Justiça Eleitoral, Bueno e Theodoro cometeram fraude ao divulgar, supostamente de forma mentirosa, a informação de que Lemos não residia em Cascavel. O programa, exibido durante a campanha, teria influenciado no resultado das eleições.

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