CVM vai julgar executivos e conselheiros da Eletrobras

RIO – Irregularidades na elaboração das demonstrações financeiras vão levar diretores e conselheiros da Eletrobras a julgamento pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 13 de agosto. O grupo de 13 executivos acusados inclui o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, e os diretores Armando Casado de Araújo (Financeiro e Relações com Investidores), José Muniz Lopes (Transmissão), Miguel Colassuono (Administração) e Valter Luiz Cardeal de Souza (Geração). O secretário executivo do ministério de Minas e Energia e o presidente do Conselho de Administração da companhia, Márcio Zimmermann, também passará pelo crivo do colegiado da CVM.

A lista inclui ainda os conselheiros Wagner Bittencourt de Oliveira, vice-presidente do BNDES, e Lindemberg de Lima Bezerra, chefe da assessoria econômica do Tesouro Nacional, e José Antonio Correa Coimbra, chefe do gabinete do ministério de Minas e Energia. A autarquia julgará também o ex-diretor Pedro Hosken de Vieira e os ex-conselheiros Luis Dulci, Virginia Parente Barros e Arlindo Magno de Oliveira .

No processo, a CVM apura infrações dos executivos à Lei das Sociedades Anônimas por não terem elaborado as demonstrações financeiras do ano encerrado em 31 de dezembro de 2012 até março, três meses após o fim do exercício.

A CVM também acusou a administração da empresa por não ter convocado e nem realizado a assembleia geral ordinária (AGO) nos quatro meses seguintes ao término do exercício de 2010, ano em que as demonstrações financeiras também foram entregues fora do prazo.

Em fevereiro a diretoria da CVM negou uma proposta de acordo do economista e ex-diretor da Previ, Arlindo Magno de Oliveira, que, no cargo de conselheiro da Eletrobras, também foi acusado em processo. Em sua defesa, o executivo argumentou que o grupo é uma holding com 73 empresas, das quais nove controladas, o que dificultou o recebimento de todas as informações a tempo de fechar as demonstrações financeiras consolidadas de 2010.

Também alegou que a adaptação aos novos padrões internacionais de contabilidade tornou a elaboração dos documentos mais complexas, o que se somou à alteração de aspectos da atividade de geração de energia elétrica. Os fatores teriam impactado o fluxo de informações da companhia e levado ao atraso na entrega dos balanços.

Oliveira propôs o pagamento de R$ 20 mil para encerrar o caso sem julgamento. Apesar de um parecer favorável do comitê de Termo de Compromisso, o colegiado da CVM decidiu por unanimidade levar o caso a julgamento como forma de orientar as práticas de mercado.

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on telegram

Mais Posts

Traduzir

Para completar sua inscrição na minha lista de e-mail preencha os dados abaixo

Esse site utiliza cookies para personalizar anúncios e melhorar sua experiência no site. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.