Após cassação de prefeito, Douradina (MS) perde recurso com indefinição política

O prefeito interino de Douradina, Paulo César Ferreira (PSDB), admite que a indefinição política no município, a 196 quilômetros de Campo Grande, tem causado a perda de recursos. A situação ocorre após o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) cassar o mandato de Darcy Freire (PDT) e José Ailton de Souza Nunes (PSDB), prefeito e vice, sob a acusação de compra de votos com distribuição de combustível. Da decisão cabe recurso.

“É um blecaute. Vamos correr atrás para não perder os repasses de projetos em andamento, como obras de uma praça e casas populares. Estamos no aguardo da Justiça”, comenta Paulo César que foi empossado prefeito, na terça-feira (18), por decisão do TRE-MS. Antes ele ocupava a presidência da Câmara Municipal.

Também interino, o presidente da Câmara Municipal, José Fernandes (PSDB), pontua que não está “feliz” com a situação pela qual a cidade passa. De acordo com ele, com todo o processo judicial “o prefeito não estava tendo tempo para trabalhar”. “Estamos interinos aguardando decisão da Justiça, mas todos os vereadores tem se unido como foi o caso da posse”, ressalta.

A indefinição política existe pelo fato de caber a Justiça definir se concede recurso a Darcy Freire para retorno a Prefeitura ou se determina novas eleições no município de pouco mais de cinco mil habitantes.

Para Darcy, acusado de distribuir 800 litros de combustível por semana durante as eleições de 2012, o que ocorreu foi “um esquema montado”.
“Fizeram maracutaia. Já entramos com recurso especial e embargo de declaração na Justiça Eleitoral, porque há muita coisa obscura neste processo. A gente tem mantido tranquilidade para trabalhar”, garante o pedetista cassado.

O advogado Otton Nasser, da chapa “Renovação e Desenvolvimento”, do candidato Aldair Juvenal Barroquiel (PMDB), esclarece que os fatos que levaram a cassação de prefeito e vice de Douradina fazem parte de um inquérito policial e há outras ações contra o pedetista, incluindo “licitações irregulares” investigadas na Comarca do município e de Itaporã.

“Seria um prejuízo maior ele ser mantido na prefeitura. Defendemos que fique inelegível por oito anos”, diz Otton.

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