Em MG, ex-prefeitos processados por improbidade se unem em associação

Fora do poder em suas cidades, um grupo de ex-prefeitos de municípios do Norte de Minas resolveu criar uma associação para tentar voltar à ativa. Em comum no currículo desses ex-mandatários, problemas com a Justiça Eleitoral e até condenações por improbidade administrativa.

Encabeça o movimento o ex-prefeito de Manga por dois mandatos incompletos Humberto Salles (PTB). Eleito em 1989 e em 2004, Salles foi cassado por duas vezes e em nenhuma das ocasiões terminou os quatro anos de sua gestão.

Em 1992, pouco antes de deixar a Prefeitura de Manga, foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral por fraude e abuso de poder econômico. Quinze anos mais tarde, de volta à prefeitura, o motivo foi improbidade administrativa por desvio de recursos da saúde.

Salles organizou um almoço no último sábado para começar a detalhar os rumos da nova associação. A reunião foi confirmada por Ivan de Souza Corrêa (PSB), o Correinha, ex-prefeito de São João das Missões. 

Eleito prefeito em 2000, Correinha teve suas contas relativas ao último ano de mandato rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União. Conforme o órgão, o então prefeito descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal ao aplicar 13,29% da receita municipal – o mínimo exigido é 15% – em saúde.

A justificativa para a criação do grupo é o interesse coletivo. “Nós temos força política, votos e representação, mas estamos esquecidos. Nossa intenção é ajudar, cuidar dos problemas da região, ter força para reivindicar”, disse Correinha.

Procurado pela reportagem, Humberto Salles não atendeu as ligações para comentar a criação do grupo.

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